domingo, 3 de setembro de 2006

Famosas crises existênciais aos quinze(ou coisa parecida)

Famosos… desejados… esperados… são os sonhos cor-de-rosa! Quem nunca ouviu falar neles? Ninguém! Desde pequenos nos habituamos, a que, antes de dormir, nos desejem bons sonhos, sonhos cor-de-rosa. Será que ninguém se lembra dos pesadelos!? Nunca ninguém desejou a ninguém “Olha, tem bons pesadelos, dorme com os diabinhos...”; não, as pessoas desejam sempre “bons sonhos, dorme com os anjos…”, mas, a maioria de nós, já teve inúmeros pesadelos. Quem nunca teve um pesadelo? Sim! Aqueles sonhos que nos fazem acordar a meio da noite, e parar, para uns dos cinco minutos mais aterrorizantes da nossa vida, enquanto pensamos “aquilo aconteceu mesmo? Não, não é possível. Ou será? E se aconteceu mesmo? Não. Foi só um sonho. Mas pode vir a acontecer!...” Pois é, ninguém deseja a ninguém algo ruim, mas contudo, as coisas acontecem. Os sonhos são um grande mistério (onde vai a nossa mente buscar tanta imaginação? Tantas imagens nunca antes vistas? Tanta coisa e, ainda por cima, enquanto dormimos?), e talvez por serem um grande enigma, e por isso tão imprevisíveis, as pessoas desejem sempre o melhor; mas, na nossa realidade, bem acordados, as coisas não são muito diferentes. Nada é cem por cento previsível e as pessoas desejam sempre o melhor. Ninguém prevê quando, onde, com quem, porque, vai morrer; ninguém tem a certeza que vá cumprir o que está combinado para dali a meia hora, pode sempre acontecer algo que nos faça faltar a um compromisso; ninguém sabe o que lhe reserva o minuto seguinte. Esse minuto seguinte, tanto pode não nos reservar nada, como reservar um sonho, como reservar um pesadelo. Nesse minuto seguinte, a nossa vida pode dar uma volta de 180º e, é-nos provado, mais uma vez, que todos nós somos peões do destino, que toda a nossa vida, todos os nossos planos, são como um castelo de cartas, que, com a mínima corrente de ar, pode desmoronar. O nosso “castelo” cai por terra e é necessária, muita força de vontade, para voltar a erguê-lo. Para muitos, basta um sonho cor-de-rosa para reconstruí, muito facilmente, esse “castelo”; a outros, é necessária a ajuda dos amigos, daqueles que nos são queridos e que nos vão dando as cartas para, novamente, fazermos o nosso “castelo”, e nunca mais esquecemos essas pessoas que nos apoiaram, pois o “castelo” não foi construído somente por nós, mas também com a ajuda delas, e agora, o “castelo” é mais resistente, já não é um simples sopro que o deita abaixo, já são necessário dois. A vida é assim, vemos muitas coisas boas, muitos sonhos cor-de-rosa, mas também há, embora um pouco mais escondidos, os pesadelos, as coisas más da vida, e temos que estar preparados para, se os pesadelos saírem do seu esconderijo, nos assustarem um pouco menos. Assim, quando vos desejarem “boa noite, tem sonhos cor-de-rosa, dorme com os anjos, …”, lembrem-se que existe o oposto de tudo isso, os pesadelos, e que pode ser nessa noite, que eles vão aparecer…ou talvez não.

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